Os caminhos da eficiência energética na refrigeração

domingo, mar 06
smartphone em cima do balcão da cozinha com níveis de eficiência energética de eletrônicos aparecendo na tela

Sistemas de refrigeração são vitais para diversos setores da indústria e para a vida cotidiana. Desde o controle de temperatura para a indústria até as geladeiras e ares condicionados de casa, são equipamentos que ficam ligados várias horas por dia. Portanto, quanto maior a eficiência energética na refrigeração, melhor!

Por isso, diversos engenheiros estudam maneiras de tornar componentes como compressores tão eficientes quanto possível. Isso se reflete em economia para o consumidor, na redução da necessidade de geração de energia e em menor impacto ambiental.

Ou seja, a pauta é extremamente relevante, especialmente porque a temperatura do planeta aumenta cada vez mais.

Neste texto, você entenderá qual é a importância desta pauta, quais fatores impactam no consumo energético e de que maneira é possível alcançar a eficiência energética na refrigeração

O que é um compressor com eficiência energética?

Significa usar energia da forma mais eficiente possível, com alta performance e pouco gasto. Basicamente, significa gerar mais frio gastando menos energia elétrica.

Isso é alcançado através do trabalho de equipes de engenharia no desenvolvimento ou aprimoramento dos componentes, como compressores, condensadores, válvulas de expansão, entre outras.

O objetivo é sempre realizar o mesmo trabalho (ou mais) sem aumentar o consumo energético. Cada aparelho recebe uma “nota” de eficiência energética.

São aquelas etiquetas coloridas, com letras de A a G. Você provavelmente já as viu em algum eletrodoméstico de casa, certo? 

Contudo, a diferença de consumo entre um refrigerador Classe A no Brasil para uma Classe A na Europe é grande, indicando que tem-se muito espaço para melhorias.

Como os equipamentos de refrigeração ficam ligados por muitas horas (ou até o dia inteiro), devem ser tão eficientes quanto possível.

Por que se preocupar com eficiência energética em refrigeração?

Existem duas razões principais: economia para o consumidor e impacto ambiental. Em geral, sistemas de refrigeração consomem bastante energia, por isso estão no centro no debate sobre redução de custos em refrigeração e sustentabilidade.

Economia

Segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), ventiladores e ares condicionados domésticos sozinhos representam 10% do consumo global de energia elétrica em edifícios.

Até 2050, a perspectiva é de que ⅔ das casas do mundo tenham algum sistema de ar condicionado em casa. Segundo as previsões, China, Indonésia e India somarão metade dos aparelhos.

Refrigeração é a principal demanda energética e a tendência é que os valores triplique até 2050. Isto é especialmente preocupante porque a temperatura do planeta aumenta ano a ano, o que requer equipamentos mais robustos para manter ambientes confortáveis em casa.

Na refrigeração industrial, o cenário é semelhante. Segundo um levantamento da ELGi, o consumo de energia é o principal gasto quando se fala em compressores que ficam ligados todo o dia.

Energia representa 88% dos gastos durante os 10 primeiros anos de vida. A manutenção representa 6% e os custos do próprio componente os outros 6%.

Ou seja: eficiência energética na refrigeração proporciona uma economia drástica nos custos que envolvem os equipamentos. 

Em sistemas domésticos, significa que a conta de luz vem mais barata. Na indústria, significa não desperdiçar recursos de forma desnecessária. 

O impacto ambiental

Qualquer forma de produção de energia tem impactos no meio-ambiente. Seja pelo uso de algum recurso natural, como nas usinas hidrelétricas, seja pela emissão de CO². 

Como a refrigeração constitui uma parcela importante do consumo de energia global, os componentes devem gastar o mínimo possível. 

Ocorre um ciclo vicioso: quanto mais quente fica o planeta, mais potentes os sistemas de refrigeração precisam ser. E a tendência é que, quanto mais potentes, mais gastam energia. E quanto mais gastam energia, mais esquentam o planeta. 

É por isso que a eficiência energética é apontada pela AIE como um foco importante para um mundo mais sustentável. 

Como alcançar eficiência energética em refrigeração?

Existem muitas variáveis que influenciam, como o desenho dos componentes, fluidos refrigerantes utilizados, instalação dos equipamentos e muito mais. 

Falando especificamente de compressores, estes são alguns pontos a considerar, segundo Alexandra Moreno, da ELGi.

Tamanho do compressor

Precisa ser adequado ao tamanho do ambiente que quer resfriar. Caso contrário, a tendência é que gaste mais energia.

Por exemplo, se usar um ar condicionado grande para uma sala pequena, estará desperdiçando a sua capacidade de resfriamento.

Por isso, nem sempre o maior compressor é o mais adequado. É necessário fazer estudos e testes completos para entender exatamente qual é a demanda para cada projeto.

Demanda variável de resfriamento

Algumas indústrias têm necessidades específicas de refrigeração. Podem precisar de mais frio durante algumas horas do dia, ou de mais resfriamento quando o ritmo de produção for mais intenso.

A velocidade do motor deve acompanhar essa variação de demanda, mas nem sempre isso acontece. Nestes casos, o consumo energético é maior do que o necessário. 

Design e materiais de sistema de distribuição de ar

Segundo a ELGi, estes dois cuidados também aumentam a eficiência energética na refrigeração. 

As recomendações são diminuir ao máximo a distância do compressor para a área que deve ser resfriada e evitar as dobras, para reduzir quedas de pressão. 

Eles também sugerem usar materiais como plástico, alumínio e aço para os sistemas industriais. 

Recomendam ainda manutenções preventivas nas estruturas para evitar vazamentos. Eles constituem cerca de 25% dos gastos de energia anuais dos compressores industriais e, em muitos casos, podem ser evitados. 

Testes e simulações

Por fim, quando se fala no desenvolvimento de novos componentes, os testes e simulações são uma excelente maneira de garantir a máxima eficiência. Por meio deles, é possível entender como determinado sistema funciona antes mesmo de desenvolver os protótipos.

Este é um caminho necessário para a inovação e garante que os problemas sejam identificados antes mesmo que eles aconteçam.

Especialistas em NVH

A Vibroacustica é especializada em análises e simulações de NVH em diversas áreas, além de ter expertise em projetos de compressores para clientes nacionais e internacionais.

NVH specialists

Vibroacustica is specialized in NVH analysis and simulations in several areas, in addition to having expertise in compressor projects for national and international customers.

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