Poluição sonora é um problema sério, especialmente em grandes cidades. O ruído das ruas, construções, música alta, entre tantos outros, é prejudicial para a saúde física e para a saúde mental.
Portanto, a busca pelo conforto acústico é, além de um desafio para a engenharia, uma questão de saúde pública.
Neste texto, explicaremos em detalhes o que é o conceito de poluição sonora e porque ela prejudica o bem-estar.
O que é poluição sonora?
Em resumo, poluição sonora é a exposição a ruídos indesejáveis e desagradáveis, não importa quais sejam as suas fontes.
Pode ser uma construção muito barulhenta ao lado de casa, o som de um trio elétrico no carnaval, ou de um avião decolando.
Ruídos acima de 50 db (decibéis) já podem causar danos à saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade considera poluição sonora os sons acima de 65 db.
Esta é, inclusive, a base para a chamada Lei do Silêncio, legislação brasileira para proteção contra poluição sonora.
Quais males a poluição sonora causa?
Já é consenso na área de saúde que a poluição sonora causa graves problemas de saúde. Ela é, inclusive, um dos principais tipos de poluição no mundo, atrás apenas da poluição das águas.
Entre os efeito negativos da poluição sonora para o corpo, pode-se destacar:
- Hipertensão
- Aceleração do ritmo cardíaco
- Arritmia
- Problemas de equilíbrio e audição
- Irritabilidade
- Distúrbios do sono
- Ansiedade
Todos estes problemas foram documentados por periódicos médicos relevantes, como Lancet e Scientific Research in Public Health, além de publicações da OMS.
Além destes problemas, existem os diversos efeitos desencadeados pela poluição sonora.
Uma reportagem da BBC, por exemplo, mostra que a irritabilidade, estresse e ansiedade desencadeados pelo excesso de ruído podem se converter em obesidade.
O que causa a poluição sonora?
Poluição sonora é um problema porque ela está presente a todo o tempo, principalmente nos grandes centros urbanos. Destacamos duas fontes de ruídos praticamente onipresentes na vida urbana:
Trânsito
Existem vários ruídos prejudiciais associados ao trânsito: uso excessivo de buzinas, acelerações e freadas bruscas, além de sons derivados dos componentes do veículos.
Existem muitas variáveis na hora de analisar o ruído de um veículo: pode se tratar de alguma alteração no cano de descarga ou no motor, por exemplo.
Em alguns casos, o ruído é derivado da própria fabricação do veículo: no motor, número de cilindros do motor até o comprimento do escapamento, tudo isto influencia na vibração e no volume do som.
Tanques de combustível, sistemas de exaustão e até o som das rodas tocando o asfalto também causam ruídos (alguns deles mais evidentes para os motoristas do que para as pessoas em torno).
Os veículos elétricos estão relativamente mais silenciosos e a tendência é que produzam cada vez menos som. Contudo, o ruído gerado pelos pneus ainda existirá.
Ruído doméstico
O interior das casas também podem ser grandes fontes de poluição sonora. O uso de eletrodomésticos, por exemplo, pode criar sons altos o suficiente para perturbar o sossego.
São os casos dos condicionadores de ar, geladeiras ou adegas climatizadas, por exemplo. Elas funcionam com motores que podem ser muito barulhentos, caso a acústica e vibração não sejam levadas em consideração em seus projetos.
As causas destes ruídos podem ser várias, como projeto inadequado de componentes, inclusive compressores, e circulação e expansão de gás de refrigeração.
A boa notícia é que existe uma área da engenharia dedicada exclusivamente a promover maior conforto acústico e atenuar ruídos.
É a chamada NVH, que utiliza tecnologia e métodos modernos para tornar motores e componentes como motores e compressores, cada vez mais silenciosos.
Especialistas em NVH
A Vibroacustica é especializada em análises e simulações de NVH em diversas áreas, além de ter expertise em projetos de compressores para clientes nacionais e internacionais.